A crise de saúde pública alterou muitas partes da nossa rotina diária: deslocações ao escritório, reuniões presenciais, e o que significa ser um trabalhador na economia moderna.
Promoveu, simultaneamente, um conceito que já existe há bastante tempo: o nomadismo digital. Com o confinamento, empregados e empregadores perceberam que, com as ferramentas certas, o escritório pode dividir-se por dezenas ou centenas de casas. Mas estas “casas” não têm de ser sempre no mesmo local: e é aqui que entram os nómadas digitais.
Associado ao trabalho remoto, o nomadismo digital, passou de um conceito longínquo, para, de repente, fazer parte do dia a dia de milhões de pessoas em todo o mundo.
Não estar preso a uma localização geográfica específica e não ter horários certos é a essência do nomadismo digital.
Quem são os nómadas digitais?
Chegam dos mais diversos países e trabalham em qualquer lugar. Têm ocupação própria e adoram conhecer novos locais. São trabalhadores que podem fixar-se em qualquer ponto do mapa. Isto porque apenas necessitarem de um computador ou outro dispositivo móvel para desempenhar a sua atividade profissional.
Por terem o “bichinho” das viagens, aproveitam o facto de poderem trabalhar à distância para conhecer sítios diferentes. E se, antigamente, os nómadas digitais eram vistos como turistas, hoje já representam uma comunidade que promove o desenvolvimento económico e que está a reformular um novo paradigma laboral.
Quais os grandes benefícios de trabalhar em qualquer ponto do mapa?
Um dos benefícios do nomadismo profissional é a possibilidade de explorar uma cultura local como semi-residente, já que o período de permanência, a trabalhar, se prolonga para lá do que seria uma curta visita durante umas férias. Neste sentido, muitos governos criaram vistos para nómadas digitais, o que permitiu colmatar as quebras do turismo em tempo de pandemia.
A flexibilidade é outra vantagem deste modo de trabalho. Aliando a mobilidade à flexibilidade, temos a receita perfeita para um estilo de vida que foge à rotina tradicional.
Outras vantagens incluem:
Viajar a tempo inteiro: a possibilidade de viajar a tempo inteiro é uma das maiores vantagens.
Trabalhar onde quiser: qualquer local com acesso à internet pode tornar-se um local de trabalho.
Trabalhar a qualquer hora: em geral, o trabalho dos nómadas digitais não é avaliado pelo número de horas trabalhadas, mas sim pelo resultado final apresentado.
Maior autonomia: quer seja um freelancer ou um colaborador num regime de teletrabalho, os nómadas digitais são autónomos no seu trabalho.
E as desvantagens?
As mais substanciais são a solidão e a necessidade de desenvolver um elevado nível de rigor, disciplina e responsabilidade. Sem esses fatores, os nómadas digitais não conseguem o sucesso desejado neste regime remoto.
Nomadismo digital a nível global
Vários destinos internacionais, como o Dubai, a Estónia, a Espanha e a Alemanha lançaram condições especiais para atrair os nómadas digitais. No caso do Dubai, o emirato lançou um programa exclusivo que permite aos profissionais internacionais, e às suas famílias, morarem no destino enquanto continuam a trabalhar para a sua empresa no seu país de origem. Válido por um ano, o programa tem um custo de 287 dólares, mais seguro médico, e inclui acesso a todos os serviços necessários, como telecomunicações e serviços públicos.
A Estónia lançou um novo visto projetado para os nómadas digitais. Este visto permite que as pessoas que trabalham remotamente para empresas no exterior possam ficar na Estónia até um ano de cada vez.
Já a Espanha, começou a convidar estrangeiros a trabalhar remotamente, atribuindo vistos de residência de um ano. Também a Alemanha tem um programa de permissão destinado a freelancers e trabalhadores remotos.
E Portugal?
Há algum tempo que Portugal já é um destino favorito para os nómadas digitais. No final de 2020, a Madeira lançou um projeto inovador, o Digital Nomad Madeira, com o objetivo de atrair 700 trabalhadores remotos de todo o mundo e promover a economia.
Além disso, a proposta do Orçamento do Estado 2022 inclui uma medida facilitadora para os nómadas digitais em Portugal. O Governo propõe alargar o Regime de Residente Não Habitual (RNH) aos nómadas digitais para atrair profissionais de diversas áreas. Caso a medida seja aprovada, o RNH será alargado aos nómadas digitais para incluir atividades que passarão a ser tributadas com uma taxa de IRS de 20%.
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